sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mais de 300 pessoas participam do I Simpósio Brasileiro de Biotecnologia para combate a epidemias e outras enfermidades em Queimados

Buscando estar sempre a frente no que se refere à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, a Prefeitura de Queimados, em parceria com o laboratório farmacêutico Riolab, deu mais um passo rumo ao desenvolvimento. Nesta sexta-feira, 17 de junho, mais de 300 pessoas participaram no Teatro Marlice Margarida Ferreira da Cunha, em Queimados, do I Simpósio Brasileiro de Biotecnologia para combate a epidemias e outras enfermidades e o lançamento oficial da primeira fábrica no Brasil.

Utilizando novas tecnologias oriundas da Ilha de Cuba para o desenvolvimento de diversos produtos biológicos e naturais, como vacinas e medicamentos para uso animal, produtos naturais para uso na agricultura orgânica, produtos homeopáticos, entre outros, a Riolab fabricará inicialmente três produtos em Queimados: Bacillus Thuringiensis (BT), que combate especificamente o Aedes aegypti, Bacillus Sféricos (BS), que combate o culex, a febre amarela, a malária e outros mosquitos, além do Biorat, utilizado no combate aos roedores e demais enfermidades causadas por eles, como por exemplo, a peste bubônica.

De acordo com o diretor comercial da Riolab, Ricardo Cohen, as vantagens dos produtos são consideravelmente maiores em relação aos demais já encontrados no mercado porque, além de serem 100% biodegradáveis, são próprias para o uso humano já que as formulações utilizadas são preparadas para atuar apenas nas larvas dos mosquitos. “Os outros produtos que existem no mercado são desenvolvidos para a agricultura, por isso há risco de intoxicação quando entra em contato com o organismo do homem”. Cohen acredita ainda que a eficácia dos produtos se dê também por ser uma solução líquida, diferentemente das que são produzidas atualmente, em formato de grãos. Para ele a aplicação do produto se torna mais fácil e eficaz por não deixar nenhum sedimento a ser dissolvido.

Com o lema “prevenir é melhor que curar”, os pesquisadores e profissionais da área da saúde acreditam que é possível fazer de Queimados um verdadeiro centro de referência no combate à dengue. O prefeito da cidade, Max Lemos, foi quem ficou entusiasmado com a dimensão da eficiência dos testes, destacou a importância da vinda da empresa para Queimados e afirmou que a chegada das novas tecnologias beneficiarão todo o país. “Sem dúvida alguma ficamos muito orgulhosos com a instalação da fábrica aqui na nossa cidade, com certeza seremos uma grande referência na confecção dos produtos de combate à dengue e outras epidemias que assolam o nosso povo. São de empresas como estas que vão permitir que arrecademos mais recursos para investirmos em melhorias do serviço público como saúde, educação e infraestrutura urbana”, declarou Max.

Os larvicidas e raticidas já foram testados no Brasil nas cidades de Manaus (AM), em Uberlândia (MG) e também em Nova Iguaçu (RJ). Os testes também foram realizados em outros países da América latina como Peru, Bolívia, Guatemala e Nicarágua.

A grande novidade do Simpósio ficou por conta da apresentação da toxina “Vidatox”, substância extraída do escorpião azul, Rhopalurus junceus, encontrado somente em Cuba, e que já demonstrou em pesquisas recentes ter obtido sucesso no tratamento contra contra o câncer. Durante três anos de pesquisas (2007 a 2010) feitas em Cuba com 174 pacientes, os pesquisadores constataram que do total de voluntários apenas dois não apresentaram melhoras no quadro clínico após o uso do medicamento à base de veneno do escorpião. Já os demais apresentaram índices significativos na redução da dor, fadiga, cansaço e principalmente na inibição do crescimento do tumor. A toxina contém mais de 20 propriedades atitumorais e oito analgésicas  -  que são de seis a 12 vezes mais potentes do que a morfina.

De acordo com o pesquisador Alexis Díaz, a substância possui princípios ativos que inibem as células malignas do câncer, sem que causem efeitos colaterais ao paciente, diferente de tratamentos convencionais como a quimioterapia e a radioterapia.

“A toxina funciona basicamente atacando as células tumorais, necrosando-as. Ou seja, elas só atacam aquelas células que estão infectadas pelo câncer. Isso faz com que o paciente não sinta efeitos colaterais, não cause danos aos tecidos e, além é claro, facilita a retirada do tumor durante o tratamento”, explicou o cubano Díaz.

O Vidatox® CH30, como é chamado o remédio homeopático, sendo licenciado pelo Ministério da Saúde e regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), poderá chegar às farmácias brasileiras dentro de um a dois anos. Atualmente, o medicamento é patenteado pelo Grupo Empresarial cubano Labiofam e, no Brasil, será distribuído exclusivamente pela Riolab.

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