quinta-feira, 25 de abril de 2013

Baixada Fluminense reivindica Plano de Cultura mais acessível


Faltam cinemas, salas de teatro, dentre outros equipamentos de cultura para a Baixada Fluminense, além de mais incentivo aos artistas locais, que muitas vezes não conseguem se apresentar nem mesmo dentro de suas próprias cidades, por falta de recursos das mesmas para investir na cultura local. Estas são algumas das reivindicações da Baixada Fluminense, com vistas ao novo Plano de Cultura do Estado que está sob apreciação pública e será debatido com a sociedade em seminário no próximo sábado, 27, no Teatro Municipal Raul Cortez, Praça do Pacificador, s/nº, Centro, Caxias, a partir das 10h. A entrada é franca a todo o cidadão.

Com o objetivo de se articular na formulação de propostas uníssonas alguns secretários de cultura da região tem se reunido para debater o assunto. A última reunião aconteceu nesta quarta, 24, em Queimados com a presença de secretários de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis e Queimados. Para o secretário de cultura de Queimados, Antônio Almeida, dentre tantas reclamações comuns, os secretários estão se articulando para a criação de um conselho de cultura para a região, que possa articular melhor as reivindicações da pasta. “A união faz a força e temos exemplos claros como o próprio CISBAF na saúde. Depois do conselho, muitas obras que estavam abandonadas saíram do papel. Precisamos estar unidos para que nossa região seja respeitada não somente pelo seu potencial econômico, mas também cultural”, destacou o secretário.

Os moradores também reclamam da falta de eventos culturais com o mesmo nível dos que são apresentados na capital. “Por que as peças, filmes e eventos só chegam na Baixada por último? Por que os artistas mais famosos não vêm se apresentar aqui com mais frequência? É uma dificuldade conseguir patrocínio para os nossos eventos”, reclamou o produtor de eventos Wall Araújo.

Hoje existem duas frentes de lutas por mais recursos e reconhecimento: O Plano que gira em torno de uma série de apontamentos para nortear os gestores em cima de proposições da sociedade civil, independente das futuras mudanças de governos e partidos, explicou o diretor de cultura de Queimados, Leandro Santanna. “Como em qualquer conferência, são apontamentos que devem ser vir de base, consulta para os gestores. Infelizmente nem tudo vira prática, como nas conferências de saúde, comunicação, meio ambiente, enfim”, destacou.

Já Plano Estadual de Cultura e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro (PADEC) que recebeu em 2010, 121 projetos culturais de 83 municípios do estado do Rio de Janeiro, foi uma reivindicação da Baixada, estendida a todos os outros municípios, no entanto, algumas cidades como Queimados, ainda não conseguiram receber ou executar os projetos por problemas diversos, inclusive nome sujo, resolvido pelo atual prefeito Max Lemos, lembrou Leandro. 

Conheça a minuta do Plano

A minuta do Plano Estadual de Cultura também pode receber comentários, críticas e sugestões, na página: www.cultura.rj.gov.br/consulta-publica/plano-estadual-de-cultura.  O ambiente da Consulta Pública permite dois tipos de comentários: de caráter geral, que não se vinculam a eixos, diretrizes ou estratégias que constam do Plano ou comentários de caráter específico e relacionados a eixos, diretrizes ou estratégias. Eles poderão ser postados diretamente no eixo, na diretriz ou estratégia em questão, bastando apenas clicar ali. Em caso de dúvida, entre contato: (21) 2333-1336.


Foto: Dine Estela 

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