quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mais de 12 mil pessoas saíram da “extrema pobreza” através de programas de transferência de renda em Queimados

Famílias aumentaram poder de compra com os programas Bolsa Família e Renda Melhor

Mais de 15 mil é o número de famílias beneficiadas   
Tirar famílias que vivem em situações de extrema pobreza com renda per capita de R$ 70 por mês. Esse é o objetivo dos programas de transferência de renda que buscam remover famílias de situações de vulnerabilidade social em Queimados. Uma das ações da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) é identificar famílias sob risco social e oferecer serviços sócioassistencias, encaminhando-as para cadastro e recadastro dos programas Bolsa Família e do Renda Melhor.

Das 7.500 famílias beneficiadas pelo programa Renda Melhor no município, 2.777 conseguiram ascender de classe social. Elas passaram da classe E para D. De acordo com o levantamento da Secretaria, 40 % dessas famílias saíram da extrema pobreza. O resultado é conseqüência das visitas domiciliares de equipes formadas por psicólogos e assistentes sociais, que atuam nos Centros de Referência Assistência Sociais (Cras) para acompanhamento contínuo. As equipes verificam se as famílias continuam cumprindo as exigências do programa assistencial para receber o benefício. 

Dos oito Cras distribuídos no município cada um atende em média 200 famílias por mês. Ao todo, são quase 16 mil atendimentos mensais. A cada mês, 60 novas famílias ingressam nas atividades oferecidas pelas unidades da Semas como oficinas de geração de renda, atendimentos jurídico e psicossocial.  

O secretário municipal de Assistência Social, Elton Teixeira, explica o motivo das famílias saírem da extrema pobreza. “Muitas dessas famílias aumentaram o poder de compra através dos programas de transferência de renda. Isso é bom porque além de ganhar mais dignidade mostra que elas ascenderam de classe social. Um dos motivos para esse número crescente está ligado ao Cadastro Único, o Cadúnico, que centraliza o número de famílias dentro perfil para ingressar em programas sociais e as constantes visitas e acompanhamentos realizado pelas equipes da Semas”, comentou o secretário. Ele lembrou ainda da agilidade nos cadastros para mudança da classe social das famílias beneficiadas: “Antes o processo demorava quase um ano para que a família fosse beneficiada através do Cadastro Único. Hoje, levamos em média apenas uma semana para que elas recebam o benefício”, contou Elton Teixeira.          

Crescimento do número de famílias beneficiadas

O Cadastro Único (Cadúnico) é a porta de entrada para todos os programas sócioassistenciais do Governo Federal. O cadastramento é uma ferramenta para o planejamento e monitoramento das famílias beneficiadas pelos programas de transferência de renda dos Governos Estadual e Federal.

Atualmente, Queimados tem 5.929 famílias beneficiadas pelo Programa Renda Melhor e 15 mil beneficiadas pelo Bolsa Família. Das 15 mil famílias, 39% também estão no Renda Melhor, que serve como complemento ao primeiro. De março de 2012, quando 13 mil famílias (Bolsa Família) e 7.531 (Renda Melhor) eram beneficiadas, até julho de 2013, mais de 12 mil famílias conseguiram ter sua renda ampliada e conseqüentemente saíram da “extrema pobreza”. A mudança representa o aumento do poder de compra e consumo dessas famílias. 

Famílias aumentam poder de compra

Uma das beneficiadas, a dona de casa, Tânia Maria da Silva, de 41 anos, vê o programa como uma forma de investir nos estudos dos filhos e ter uma renda extra para ajudar dentro de casa. “O Bolsa família para mim tem uma grande importância, porque o meu marido recebe um salário mínimo e com essa renda extra consigo pagar cursos para os meus filhos. A minha filha Michele já conseguiu fazer um curso de Espanhol e Informática. Agora, pretendo colocá-la também no Inglês. É uma ajuda e tanto não só para mim, mas para todos da minha família”, disse a moradora do Morro São Simão, que recebe R$ 134,00 programa e a partir da próxima semana também terá auxílio do Renda Melhor.

Para Simone Silva o benefício mudou a rotina de vida para melhor 
Para a dona de casa, Simone da Silva Gonçalves, de 41 anos, que conseguiu sair da linha da "extrema pobreza" ao deixar o complemento do Renda Melhor (R$ 30,00) e atualmente recebe R$ 90,00 por mês, o programa mudou a rotina e a vida da família. “Já sou beneficiada pelo Bolsa Família há cinco anos e o programa mudou nossas vidas. Hoje conseguimos pagar as contas de água, luz, a alimentação e os vestuários dos meus filhos. Não sei como seria sem o beneficio. Mais importante que o valor do beneficio em si é o resgate da nossa dignidade. Hoje não tenho mais vergonha de convidar alguém para visitar minha casa. Aos poucos conseguimos comprar até eletrodomésticos para a casa”, comentou orgulhosa Simone Gonçalves, que mora com a filha Thaís, de 10 anos, o filho Marcelo Sidney, de 16 anos, mais o marido Joceli Gonçalves no Conjunto Valdariosa I do programa “Minha Casa, Minha Vida”. 

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