quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Fórum discute Saúde Mental na infância e adolescência em Queimados

Evento envolveu palestra e mesa de debate para profissionais e usuários da rede

Texto: Camila de Paula | Fotos: Luiz Ambrósio

Como forma de discutir e aprimorar as políticas públicas voltadas para o atendimento e acolhimento das crianças e adolescentes que necessitam dos cuidados da rede especializada em Saúde Mental em Queimados, o município realizou, nesta quarta-feira (26/8), no Teatro Municipal Metodista, o Fórum Intersetorial da Saúde Mental. O evento, que acontece a cada dois meses, dessa vez, teve como tema principal o “Fluxo de Atendimentos na Infância e na Adolescência e Apresentação de Dispositivos”. O fórum buscou também a elaboração de sugestões em ações preventivas voltadas para o público infantojuvenil em geral, no que diz respeito ao abuso de álcool e drogas ou em caso de conflitos familiares.

O encontro teve como público alvo o próprio usuário do sistema e os profissionais dos diversos setores da rede. A mesa inicial foi composta pela presidente do Conselho Tutelar Dora Lima, pela coordenadora da Saúde Mental no município, Tânia Alves, pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde, Marco Vinícius, pela representante do Circo Social Baixada, Márcia Leal, pela coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Joana Darc, e pela secretaria municipal de Saúde, Dra. Fátima Sanches, que explicou a importância do apoio da família em qualquer processo de recuperação em casos de sofrimentos psíquicos. “A reforma psiquiátrica mudou o olhar dos profissionais e deve também mudar o olhar das famílias, que possuem um papel muito importante no processo de socialização e bem estar social dessas pessoas. E para isso nós temos que estar aqui dando esse exemplo”, destacou a secretaria.

O doutor em Psicologia da Uniabeu Centro Universitário, Pedro Moacir, falou sobre diversos casos clínicos na adolescência e explicou as situações mais procuradas por terapeutas quando se trata do público infantojuvenil. “Álcool, drogas e conflitos familiares estão em primeiro lugar, são questões que podem ser amenizadas quando se trabalha em parceria os setores da Educação”, explicou. A mesa de debates foi composta por representantes do Núcleo de Atenção ao Estudante (NAE), a assistente social Gabriele Bastos, pela coordenadora do CAPSi, Carla Fonseca, e pela coordenadora do Ambulatório de Saúde Mental, Fabiana Pereira.

Saude Mental e Educação

Intersetorialidade e proximidade com a educação básica estavam, durante o evento, entre os pontos mais tocados e fizeram parte das nove sugestões levantadas pela mesa de debate, entre elas: a participação no Programa Saúde na Escola e a utilização destes dispositivos no calendário escolar; a criação de centros de reabilitação e a participação no programa de álcool de drogas da Polícia Militar, no caso de demandas de ordem neurológica. De acordo com a coordenadora da Saúde Mental em Queimados, Tânia Alves, é possível que a parceria com os diversos dispositivos da Educação possa ser o tema do próximo fórum.

O Centro de Atendimento Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) é a porta de entrada mais adequada para o primeiro atendimento aosjovens com sofrimentos psíquicos no município e acolhe cerca de 50 pacientes entre crianças e jovens. Já o Ambulatório de Saúde Mental realiza atendimentos psicológicos, psiquiátricos e terapias ocupacionais, e conta atualmente com mais de 1.500 usuários.

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