quarta-feira, 26 de julho de 2017

Queimados debate empoderamento das mulheres negras na sociedade

Palestras, apresentações artísticas e oficinas de turbantes marcaram comemorações pelo dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha na cidade

Foto: Thiago Loureiro
Aline Lopes- Um bate-papo sobre o empoderamento feminino coberto por apresentações artísticas foi  atração nesta terça-feira (25) em Queimados no evento que marcou a comemoração pelo dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, realizado no Centro de Esporte e Lazer da Terceira Idade (CELTI). Pensando em ressaltar a importância do respeito e igualdade, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Promoção da Cidadania (SEMDEHPROC) realizou uma homenagem às militantes que estiveram no centro de lutas e movimentos sociais e culturais.

Foto: Igor Lima
Marcado no calendário oficial da cidade como “O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”, a data reúne todos que lutam por uma igualdade social e respeito racial. O evento contou com a participação de aproximadamente 30 pessoas e teve apresentação de palestras, roda de capoeira, turbantes e penteados.

Para o Secretário Municipal de Assuntos Institucionais / Direitos Humanos e Promoções da Cidadania, Carlos Albino, a luta por igualdade e respeitos dessas mulheres não pode parar “Um novo mundo só será possível, quando as diferenças forem vistas como riquezas e não como sinônimo de inferioridade”, ressalta.

Foto: Thiago Loureiro
E o Coordenador da Igualdade Racial, Arlindo Sampaio, acrescenta “No Brasil, a mulher negra não tem muito espaço, para elas é mais difícil conseguir chegar a algum lugar, pensando nisso criamos nesse evento palestras sobre o empoderamento feminino para mostrar que elas podem ir além sim, isso é muito importante”.

A palestrante sobre o empoderamento feminino, Luciene Gomes, a professora Bijuca, relatou sua dificuldade para se tornar a mulher que é hoje, a luta para conseguir se formar na faculdade de Educação Física e sobre preconceitos e deixou uma frase de reflexão “Ser mulher negra tem que ser a nossa essência e nunca uma sentença”.

Foto: Thiago Loureiro
Moradora do bairro Belmonte, Kátia Cilene, de 49 anos, participou de uma oficina de turbantes. Para ela, a mulher negra ainda é muito discriminada pela sua condição social. “Essas palestras são importantes para o reconhecimento da nossa raça, para  nossa valorização”, destacou.

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é todo o dia 25 de Julho. A data foi incluída no calendário comemorativo do Brasil em 2014, como uma maneira de enfatizar a importância da luta e da resistência da mulher negra. A SEMDEHOROC presta atendimentos na Rua Otília 1495, Centro, de segunda à sexta-feira, das 08h às 17h. Outras informações: 3699-3461.

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