terça-feira, 14 de novembro de 2017

Semana Nacional da Consciência Negra resgata a história com rodas de conversa e palestras em Queimados

Segundo dia de programação abordou temas como filosofia indígena, história dos negros na Baixada e ofereceu ainda oficina de Turbante e Penteado

Rafaela Diniz - O segundo dia de comemorações pela Semana Nacional da Consciência Negra foi de muito conhecimento em Queimados. A fim de recordar a história do negro na Baixada Fluminense e resgatar a filosofia a partir da cultura dos povos indígenas, a Prefeitura de Queimados promoveu ao longo desta terça-feira (14), rodas de conversa e debates para os moradores em geral e educadores do município. O evento aconteceu no auditório do Centro de Esporte e Lazer da Terceira Idade (CELTI).

Durante a palestra ‘Pequena África na Baixada Fluminense, o palestrante Peter Sales, apresentou uma pequena parte da história dos negros na Baixada, que vem dos pés de laranjais, canaviais de açúcar e outros tipos de plantações, onde trabalhavam, na maioria das vezes, como escravos. Além dos debates, também foi realizada uma oficina de Turbante e Penteado Afro, que deu dicas de penteado e de como usar o acessório a fim de valorizar a identidade da mulher negra.

Para o Secretário Municipal de Direitos Humanos e Promoção da Cidadania, Carlos Albino, a identidade da pessoa negra deve ser sempre preservada. “O cabelo é uma das partes mais marcantes do corpo negro. Especificamente na mulher, ele aparece com muita força. Não podemos deixar essa identidade se perder por conta de um padrão imposto pela sociedade”, argumentou.

Para o palestrante do dia, Peter Sales, a história do negro na Baixada, como em qualquer outro lugar, é marcada de muitas lutas. “Precisamos resgatar essas lutas, precisamos levar para as escolas, a história que envolve uma diferença absurda entre negros e brancos, tanto no âmbito cultural, como no educacional. Essa parte da história não pode, nem deve se perder”, concluiu.

Os eventos continuam nesta quarta-feira (15),  com a realização de um debate na Rádio Novos Rumos (98,7) – a primeira comunitária do Brasil –, sobre igualdade de oportunidades e intolerância religiosa e uma palestra sobre Luíza Mahin e Luiz Gama mãe e filho que lutaram para a abolição da escravidão no Brasil.

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